Ativo novamente em Montenegro e em São Sebastião do Caí, o projeto Vôlei Transforma, que já atendeu mais de 170 alunos em 2022, conseguiu manter impressionantes 90% dos presentes na primeira edição. Um bom sinal de que a gurizada aprovou a iniciativa.
A maioria (86%) dos alunos do projeto é oriunda de escolas públicas, e as aulas funcionam no contraturno escolar, com a finalidade de promover inclusão social, estimular a educação e garantir a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social o alcance de seu desenvolvimento integral.
Como? Esta é a parte de que todos (alunos, pais e professores) mais gostam: por meio da prática do voleibol, o Vôlei Transforma contribui para reduzir a evasão escolar e evita uma possível marginalização dos jovens. O esporte gera melhorias na saúde e ajuda a prevenir doenças crônicas não transmissíveis (aumenta a capacidade cardiorrespiratória, o que auxilia o que reduz risco de AVC, doenças cardíacas, hipertensão, por exemplo).
Melhora na interação social
O primeiro ponto a ser notado, porém, é a promoção da integração das crianças e dos adolescentes a um grupo, estimulando cooperação, socialização e solidariedade. Como tratamos de vôlei, os responsáveis pela linha de frente do projeto consideram que este desenvolvimento da coletivização, da capacidade de desempenhar olhares, pensamentos e atitudes que priorizem o coletivo, é a vitória do Vôlei Transforma no primeiro set.
“Percebo que os jovens estão exercendo essas habilidades, principalmente no acolhimento aos alunos que chegam. Notamos que quando um novo integrante ainda não consegue executar determinado ensinamento, eles se preocupam muito em passar da melhor forma aquilo que aprenderam”, avalia o professor de Educação Física Diego Peralta, do núcleo de Montenegro.
Em São Sebastião do Caí, a colega de Diego, professora Laryssa Goeltzer, relata que é comum os novos membros chegarem ao projeto ainda introspectivos: “Recebemos uma menina que chegou muito tímida no primeiro dia, mas o acolhimento de todos fez com que ela conseguisse se soltar, e já na segunda semana de treinos ela tinha feito amizades. Ficamos muito felizes em ter feito a diferença na vida dela”, conclui.
As opiniões dos instrutores são firmemente sustentadas justamente por quem divide a quadra com eles – os alunos.
“Eu achava que seria uma ‘escolinha’, para a gente jogar e se divertir, mas é muito mais do que isso. Quando é dia de vôlei, fico muito animada, porque aqui já fiz muitos amigos, e aprendi a jogar mesmo”, conta Tamiris Policarpo, 14, aluna do núcleo de Montenegro. Sua colega, Luísa Fernandes, 13, é mais enfática sobre o espaço que o Vôlei Transforma ocupa hoje em sua vida: “Os dias de treino, segunda e quarta-feira, são os meus preferidos na semana!”, exulta.
O projeto Vôlei Transforma é viabilizado pela Lei de Incentivo ao Esporte, do governo federal, realizado pela Associação dos Pais e Amigos do Voleibol (APAV), sendo desenvolvido pela Return Projects e Idealize, e tem o apoio das empresas Oderich, John Deere, Guaibacar, Odim Vassouras e Agrogen.
Locais, datas e horários
Em Montenegro, as aulas são no ginásio Domingão, no Parque Centenário, segundas e quartas-feiras das 10h30 às 11h30 (mirim/infanto misto, 9 a 14 anos), das 13h às 14h30 (mirim feminino, 9 aos 14) e das 14h30 às 16h (infanto feminino, 14 aos 17). Nas terças, as aulas são das 13h às 14h30 (mirim masculino, 9 aos 14) e das 14h30 às 16h (infanto masculino, 14 aos 17). Nas quintas-feiras, a aula é das 13h às 14h30 (livre masculino, 9 aos 17). Já em São Sebastião do Caí o Vôlei Transforma tem atividades no Ginásio A do Parque Centenário, às segundas e quartas-feiras das 8h30 às 10h (misto, 10 a 13), das 10h à 11h30 (misto, 14 a 16), das 13h30 às 15h (misto, 10 a 13) e das 15h às 16h30 (misto, 14 a 16).
Foto: Moreno Carvalho/Ponto Multimídia
